OMS – uma agência imperialista que conta com a confiança da esquerda
OMS – uma agência privatizada, manejada por bilionários e Estados poderosos.
Usualmente, espera-se que a esquerda organizada, por ser esquerda, defenda uma política anti-imperialista, seja crítica ao grande capital financeiro e sua dominação. Portanto, que tenha uma posição de classe.
Na pandemia não foi o que ocorreu. Justamente, um dos fatos surpreendentes nessa pandemia foi constatar que a esquerda organizada depositou total confiança naquela agência (Organização Mundial de Saúde), ao ponto de obedecer cegamente e acriticamente a todas suas políticas sanitárias em nome do COVID-19.
Em outras palavras, a orientação/imposição sanitária da OMS é “técnica”, a agência é neutra. Com esse pressuposto, aquela saudável e legitima desconfiança diante de um órgão de classe nunca veio por parte da esquerda.
Basicamente, a OMS é uma instituição burguesa privatizada, controlada pelo capital financeiro. Sem qualquer possibilidade de independência.
A ONU, que paira sobre a OMS, como é de conhecimento geral, executa uma política mundial no marco dos interesses dos países imperialistas. Como iria ser diferente na área sanitária mundial? O mais elementar bom senso aponta nessa direção. Seus fundos principais têm origem no grande capital.
Fora o fato de que é uma agência onde campeia a corrupção e que desenvolveu uma desastrada política na era da “gripe suína”, 2009, além de que sua figura mais midiática, seu diretor geral, Tedros – que não é médico nem sanitarista – sempre subserviente aos interesses econômicos hegemônicos sobre a OMS, é uma figura cercada de polêmicas, inclusive por seu passado como ministro da Saúde da Etiópia.
As políticas da OMS nessa pandemia atual jamais gozaram de consenso científico e, ao contrário, foram alvo de graves criticas de cientistas de peso e autoridade em suas áreas. E a partir dos quatro cantos do mundo.
Antes do atual grupo controlador da OMS [Bill Gates e afins controlam mais da metade dos fundos da agência] a OMS já nascera sob o peso hegemônico do grupo bilionário Rockfeller. Sob sua hegemonia, a OMS terminou sendo acusada de desenvolver políticas, mundo afora, que mal encobriam interesses escusos de grandes corporações.
Sabe-se, também, que a cúpula da OMS e seus conselheiros estão conectados a companhias privadas de vacinas.
Em suma, não existe qualquer exagero em constatar o peso hegemônico do imperialismo sobre a OMS, em especial o peso da Big Pharma das vacinas.
Só por isso, as recomendações da OMS sobre vacinas e medicamentos já deveriam ser suspeitas. O escândalo bilionário das vacinas na pandemia da H1N1 chocou o mundo científico na época [e a mídia não estava tão centralizada e censurada pelo grande capital como hoje]. Descobriam depois que pouco tinha de pandemia, e aquela doença é hoje entendida – por sua baixa letalidade – como uma gripe comum. Sequer cabia a decretação de pandemia. Muito menos as vacinas ou a campanha de medo à época. Há evidências de que a atuação da OMS no Ebola também foi desastrosa.
Pois bem, nessa pandemia do COVID-19, a OMS se destacou como combatente global de qualquer opção de tratamento despatenteado e barato contra o vírus; não importando sua eficácia. Declarou todo o tempo que não há tratamento, que só as vacinas salvam e, ao final, foi denunciada mais de uma vez pela dubiedade [muito falso positivo] dos testes do COVID-19, por ela defendidos desde o início. Jamais abriu o debate sobre lockdown, máscaras e confinamento social nessa pandemia.
Quanto mais crescia a cobrança de uma parte dos cientistas sobre a validade de tais políticas, mais a OMS se fechava dogmaticamente, em seu autoritarismo. Em favor, sempre, da Big Pharma.
Como argumenta Roberts, “se a OMS tiver êxito em controlar a política sanitária de cada país, teremos o fim da ciência independente na medicina”. Na pandemia isso ficou evidente: “os dados oficiais de cada governo mostram maciço aumento de excesso de mortes inexplicadas em seguida da vacinação COVID-19. E são os vacinados, muito mais que os não vacinados que estão morrendo subitamente e desenvolvendo doenças”, ele conclui. E tudo isso sob tutela autocrática e a censura da OMS.
Até aí temos a OMS como ela é. Desde que esteve nas mãos do grupo bilionário dos Rockfeller, sua história é a de um órgão testa de ferro do grande capital financeiro controlador da indústria de vacinas e medicamentos patenteados.
O grande problema nisso tudo foi sempre a esquerda com sua falta de visão de classe. Que – todo o tempo - credita objetividade à OMS que a toma como representante da ciência. E isso sem jamais criar comitês independentes para avaliar a validade das políticas sanitárias daquela agência imperialista.
Simplesmente se deixa abduzir e endossa o Tedros, e por tabela, a política que mais interessa ao grande capital e não à classe trabalhadora, ao cidadão comum.
A capitulação mundial da esquerda ao imperialismo “sanitário’, operando como quinta coluna e militância da OMS depõe contra a razão de ser da esquerda. Sugere a necessária agenda de reconfiguração da esquerda como ela é, enredada em torno dos interesses dos agentes políticos do imperialismo na saúde pública.
Da OMS qualquer pessoa com uma consciência de classe básica nada espera que não seja a cara da política sanitária do grande capital. Claro, em nome da ciência.
Mas e a esquerda? Capitulou em toda linha. Sempre ofuscada pela medicina high tech, a esquerda organizada apoiou as vacinas genéticas experimentais com toda força. E bloqueou o debate do tratamento para essa virose respiratória com drogas reposicionadas [ivermectina, por exemplo], além de vetar, por razões puramente ideológicas, qualquer debate sobre efeitos adversos daquelas injeções e, vergonhosamente, apoiou sua imposição via Estado, em total desrespeito aos corpos da classe trabalhadora. Agiu por fora e contra os interesses da classe que vive do trabalho.
Enquanto não se passar a limpo a capitulação política da esquerda nessa pandemia, capitulação ao imperialismo – como se deu com a esquerda mundial, social-democrata na I Guerra, ao se colocar detrás do militarismo imperialista -, nada podemos esperar dessas correntes políticas a não ser novos erros, piores. E mais integração ao sistema.
A reinvenção dessa esquerda pandêmica é uma tarefa incontornável do nosso tempo.
Fazer de conta que tudo que a OMS impôs era sanitariamente correto, a exemplo dos lockdowns, é colocar-se - e colocar a classe trabalhadora -, de mãos atadas e pronta para virar refém de qualquer manipulação pandêmica que o grande capital imperialista quiser impor sobre a população [e ele, na sua decadente postura de “capitalismo das emergências”, vai precisar impor diferentes tipos de “emergências”, lado a lado com guerras].
É a esquerda que deve ser passada a limpo, ou afundará na impotência, oportunismo e traição da classe trabalhadora.
Ziau, janeiro 2023
NOTAS:
_______
ALEXANDER, M, 2023. Doctors Speaking Out Against the Narrative are being Suspended and Attacked. Ver vídeo em: https://tube.childrenshealthdefense.eu/w/pruxc98tbBgZDr7F9Cq53X?start=36m55s
ROBERTS, Paul C, 2023. The World Economic Forum & the World Health Organization Are Elevating Themselves Above the World’s Governments. Em: https://www.globalresearch.ca/world-economic-forum-world-health-organization-elevating-themselves-above-world-governments/5804651
Carta Capital. Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS não é médico [no real é um político e biólogo, que foi embaixador da Etiópia, com mestrado e doutorado na Inglaterra]. Tedros foi ministro da saúde na Etiópia e sofre “críticas severas justamente por sua forma de lidar com epidemias, acusado de, entre 2006 e 2011, de minimizar vários surtos de cólera, atrasando, assim, as contramedidas necessárias. Os oromos e os amharas – os dois maiores grupos étnicos da Etiópia mais afetados pelos surtos de cólera durante o mandato de Tedros – protestaram veementemente quando ele foi nomeado diretor-geral da OMS em 2017. Tedros pertence à minoria étnica dos tigrinya, que representa apenas cerca de 6% da população etíope, mas há muito domina a política do país”. [https://www.cartacapital.com.br/mundo/quem-e-tedros-adhanom-diretor-geral-da-oms-a-frente-do-combate-ao-coronavirus/].
The Lancet. Tedros foi denunciado também por proteger os oligopólios imperialistas de tabaco que espoliam seu país e difundem o tabagismo na Etiópia. Foi documentada sua ação, na condição de duas vezes ministro da Etiópia, no favorecimento de lamentáveis acordos – do ponto de vista da saúde pública dos etíopes – com o imperialismo britânico [Tedros tirou seus títulos acadêmicos na Inglaterra, como se sabe]. “In 2013, The Lancet reported that the Ethiopian Government authorised British American Tobacco (BAT) to post hundreds of posters advertising Rothmans cigarettes in Ethiopia’s capital city, Addis Ababa, an action that seems to have been in breach of Ethiopia’s own laws on tobacco advertising. [...]
At that time, Tedros, as Foreign Minister, did not appear to speak out publicly against this advertising. Indeed, not long after he became Foreign Minister, Tedros attended a meeting in London with the UK’s then Secretary of State for Foreign and Commonwealth Affairs, William Hague, encouraging BAT, among other UK businesses, to invest in Ethiopia” ...]” [...] “In 2016, the Ethiopian Government sold 40% of the shares in its tobacco monopoly, National Tobacco Enterprise (NTE), to Japan Tobacco International (JTI) for US$510 million. [...] The deal was attended by two ministers from the Ethiopian Government’s cabinet and occurred at a time when over 10 million Ethiopians were at risk for famine because of drought. The deal will likely lead to the expansion of tobacco farms, increased cigarette production, and an increase in the number of smokers in Ethiopia”. [...] “Dr Margaret Chan, the current WHO DG, has spoken aggressively against tobacco deals between governments and tobacco companies. [...] This is to be expected of the WHO DG, given that tobacco continues to be a major cause of morbidity and mortality, and that the WHO Africa and Eastern Mediterranean regions, particularly, are at risk for increasing smoking prevalence in the coming decade”. [Dados do https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(17)31360-0/fulltext acessado em 8/2/2021].
BROWN, R, Public Health in Imperialism: Early Rockefeller Programs at Home and Abroad, de E. RICHARD BROWN, PHD. Disponível no site acima citado: https://ajph.aphapublications.org/doi/pdfplus/10.2105/AJPH.66.9.897 Acessado em: 2/2/2021. “The Rockefeller Foundation programs, however, were only secondarily concerned with the interests of the native populations. Their primary goals were to enrich plantation, mine, and factory owners and ultimately foreign imperialist powers-or in the case of the American South, the largely Northern capitalist class. In a clear example of ideological thinking, the interests of the native populations were assumed to be identical to the interests of American corporations. Thus these programs were not devoid of politics. By their definitions of health as the capacity to work, by their technological content that weakened traditional and agrarian cultural autonomy, by historical conditions that assured that economic development (when unfettered by national independence struggles) would profit foreign capitalist classes, and by their undermining of forces seeking economic and political independence, the Rockefeller public health programs were loaded with political and economic values and consequences”.
ENGDAHL, w f, 2020. Can We Trust the WHO? By F. William Engdahl Global Research, April 25, 2020. Disponível em: https://www.globalresearch.ca/can-we-trust-who/5708576 Acessado em: 4/2/2021.
VENTURA, D. Deisy Ventura, Direito e saúde global – o caso da pandemia de gripe A [H1N1], Ed Outras Impressões. Analisa o jogo financeiro em que a OMS está envolvida.
10 fatos surpreendentes sobre a fortuna do bilionário Bill Gates, Disponível no site: https://epocanegocios.globo.com/Dinheiro/noticia/2019/05/10-fatos-surpreendentes-sobre-fortuna-do-bilionario-bill-gates.html#:~:text=Com%20uma%20fortuna%20avaliada%20em,Jeff%20Bezos%2C%20CEO%20da%20Amazon. Acessado em: 8/2/2021..
BESSER, L, 2020. World Health Organisation division tackling coronavirus underfunded and facing internal corruption allegations, audits reveal Exclusive by Europe correspondent Linton Besser Posted 16 FebFebruary 2020 Disponível em: https://www.abc.net.au/news/2020-02-17/coronavirus-who-underfunded-internal-corruption-allegations/11970382 Acessado em: 8/2/2021. “In a recent British Medical Journal article, Dr Kamradt-Scott urged the WHO to institute greater transparency about how it decided to declare a public emergency. He cited the case of an Ebola outbreak in the Democratic Republic of the Congo two years ago. During that crisis, a WHO technical committee charged with recommending such a declaration met in October 2018 and April 2019 and "advised against declaring a PHEIC, despite the criteria for doing so appearing to be met on both occasions". "Until there is increased transparency around [emergency committee] deliberations, questions about irrelevant considerations, undue influence and political interference will continue to arise," he Said”. Também vários tipos de fraudes e assedio sexual por parte do aparato da OMS: “The internal risks assessment documents also reveal an upsurge of internal complaints of corruption, fraud and even sexual harassment from across the 7,000-strong organisation, overwhelming an internal team of four full-time investigators and two consultants”.[...] “At one regional WHO office, an officer submitted falsified documents to claim more than $US97,000 ($144,361), while various corruption scams saw staff submit fake invoices, channel WHO cheques to associated entities, defraud its health insurance scheme and assist crooked suppliers to defraud the international organisation.
WAITZIN, H, Imperialism´s health component, de H Waitzin, 7/2015.
CHILDREN´S HEALTH DEFENSE. 501 deaths + 10,748 other injuries reported follwwing COVID vaccine, latest CDC data show, Children´s Health Defense Team, 2/5/2021.
POLITIZE [revista]. Financiamento da OMS. Artigo publicado em junho de 2020, no site: https://www.politize.com.br/financiamento-da-oms/ No período 2018-2019, os maiores contribuintes da OMS, em percentagem do seu orçamento eram Fundação Gates e Gavi Alliance [controlada por Gates] totalizavam 18%, os USA, 14%, depois vinham os demais contribuintes, sempre com menos de 8% cada.
_ _ _